Para a Logoterapia existem três fenômenos do existir humano que são inegáveis - dor, culpa e morte. Em relação a morte, podemos comentar sobre o fenômeno luto, que configura-se na vida do homem como uma realidade não optativa mas possível a todos.
A presença da morte em você será o meu luto, não apenas corporal, mas também do nosso mundo compartilhado sobre possibilidades do que eu poderia ter feito por você quando ainda estava vivo.
Talvez, esta seja uma frase que define a dor de uma pessoa no qual esteja vivenciando o luto, mas tomemos isto como exemplo e não como uma frase geral para toda humanidade, pois cada um tem formas de pensar diferente.
Viktor Frankl foi um médico judeu que se tornou prisioneiro nos campos de concentração durante o período da segunda guerra mundial, chegou a perder seus pais e sua esposa. Ele é conhecido como o psicólogo do campo de concentração por colocar a prova a sua teoria da logoterapia enquanto era prisioneiro.
Viktor relata um momento em que chegou a imaginar a sua esposa mesmo sem saber se estava viva ou não, ele conseguiu sentir o amor que sempre sentiu por ela, apenas imaginando a sua pessoa naquele momento de sofrimento e dor. ... passo a compreender que a pessoa, mesmo que nada mais lhe reste neste mundo, pode tornar-se bem-aventurada - ainda que somente por alguns momentos - entregando-se interiormente à imagem da pessoa amada.
De repente me dou conta: nem sei se minha esposa ainda vive! Naquele momento, fico sabendo que o amor pouco tem haver com a existência física de uma pessoa. ele está ligado a tal ponto à essência espiritual da pessoa amada, a seu "ser assim"... que a sua "presença" e seu "estar-aqui-comigo" podem ser reais sem sua existência física em si e independentemente de seu estar com vida.